domingo, 9 de novembro de 2008

PROBLEMAS DE EVOLUÇÃO


Rogério Garcia*

Tudo no mundo evolui para formas mais perfeitas. Os conceitos, idéias e pensamentos também evoluem para entendimentos mais profundos. Então, por que o homem não pode ceder rapidamente a esse processo? É problema de evolução. Temos que ter primeiramente humildade e, depois, coragem de aceitar as transformações de nossas verdades relativas.

Todas as religiões terão que aceitar as transformações que se processam, para uma perfeição maior. Se assim não o fizerem, verão um esvaziamento progressivo nas fileiras de seus adeptos.

Façamos um retrospecto na história das religiões e veremos que tiveram que aceitar certas condições impostas pelo progresso da humanidade.

O mundo, como todo universo, é dinâmico. Desta forma as religiões haverão também de evoluir quer o homem queira ou não.

Os dogmas e preconceitos de todos os matizes, das escolas cientificas e facções religiosas, militantes em todas as partes do globo, constituem os maiores obstáculos à propagação dos salutares e proveitosos ensinamentos do CONSOLADOR.

As organizações religiosas e espiritistas, caso pretendem ser mais expansivas e menos repreensivas, necessitam apresentar um índice (intelectual, cientifico, e filosófico) sempre mais além do que é conhecido de seus adeptos. Em caso contrário, a organização estagna no “tempo” e no “espaço” e se torna um movimento anacrônico em face do progresso humano.

Preferência e adesão a certa religião ou organização religiosa, credo ou doutrina espiritualista, revela o índice de compreensão ou capacidade intelectiva do homem, mas não a intensidade do seu sentimento religioso inato.

O homem muda de credo conforme a expansividade deste sentimento e busca, incessantemente, a organização religiosa que melhor atenda a sua ansiedade espiritual. Mas, infelizmente, quase todos os crentes apenas mudam de rótulo religioso, enquanto prosseguem na mesma disposição fanática e sectarista.

O sentimento divino religioso não precisa ser disciplinado, mas apenas liberado, assim como a luz se projeta mais intensa e brilhante conforme a transparência da lâmpada. Por isso a principal função das organizações religiosas é a de catalisar o sentimento do ser humano e orientá-lo para que possa extravasar através da lâmpada viva que é o seu corpo. O sentimento religioso, inato no individuo, reativa-se em sua essência na ação exterior do culto e nas oferendas delicadas e sublimes da atividade humana religiosa.

As organizações religiosas são apenas os meios de o espírito humano expressar a sua natureza divina no mundo exterior da matéria. Elas só podem incentivar no homem o sentimento religioso que ele já tenha desenvolvido. Elas não tornam o homem mais sensível e compreensível, além do que ele já conseguiu apurar pessoalmente na sua evolução psíquica.

Sem dúvida, a principal função das religiões e instituições espiritualistas é estimular os adeptos para uma vida superior. Mas, embora tentem elevar a freqüência religiosa do homem, jamais poderão dar-lhes uma compreensão além das suas capacidades de apercebimento espiritual, pois cada seita ou doutrina religiosa tem um limite no qual cessa a estrutura de sua mensagem.

Em face do incessante progresso espiritual que se exerce de dentro para fora, no âmago do ser, alguns adeptos, cujo sentimento religioso apura-se rapidamente, dão um salto mais longo buscando, buscando outras fontes de maior amplitude espiritual, inquietos que se sentem com a estreiteza doutrinária dos seus líderes conservadores e ortodoxos.

Embora prossigam vinculados à doutrina, eles buscam ensinamentos mais amplos e de maior liberdade espiritual.

São pessoas que sacodem o jugo das proibições sectaristas, algo semelhante ao que já sofrem em doutrinas anteriores, dominados por um sentimento espiritual de natureza universalista.
* Rogério Garcia, o Seu Rogério, é expositor espirita militando na doutrina há 40 anos. Foi membro da Federação Espírita do Estado de São Paulo e atualmente reside em Barreiras - Bahia onde recentemente ajudou na fundação da Sociedade Espírita Beneficente Maria de Nazaré.

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Síntese extraída de diversos livros doutrinários e colocada conforme nossos pensamentos. Abril de 1982

RELIGIÃO E INTOLERÂNCIA


Dalmo Duque dos Santos*

“Por definição, toda religião – toda fé – é intolerante, pois proclama uma verdade que não pode conviver pacificamente com outras que a negam.” – Mario Vargas Llosa

Por definição, está coberto de razão o grande escritor peruano, quando coloca o problema da intolerância religiosa como reflexo da enorme diversidade cultural que caracterizam os povos e espelho das mentalidades que também se diferenciam dentro dos próprios grupos sociais. Em artigo publicado no jornal O Estado de São Paulo (11/07/2004), sobre o caráter laico do Estado e da União Européia, ele fala com conhecimento de causa e faz a afirmação acima citada baseando-se na experiência histórica de religiões e filosofias e que foram desviadas de suas bases originais para satisfazer interesses bem distanciados daqueles delineados por seus criadores.

Não importa a relatividade desses conceitos – se religião ou religiosidade, fé ou crença devoção ou adoração – a repercussão desse elemento cultural na mente humana dificilmente poderá ser dissociado do fanatismo, dos impulsos passionais e do radicalismo emocional. Não é à toa que a sabedoria popular ensina que não se deve discutir religião e futebol, se quisermos preservar relações amistosas. Durante séculos fomos educados para a intolerância e para o radicalismo. Preconceitos religiosos foram pacientemente enraizados em nosso psiquismo e no comportamento, como peças estratégicas para preservação de grupos e sistemas ideológicos. Mesmo as grandes lições de fraternidade e tolerância caíram no esquecimento e no universo lendário. O próprio Mahatma Gandhi, figura contemporânea da Era Atômica, parecia em sua época e ainda hoje ser algo inacreditável, saído das páginas de algum livro de mitologia.

Mas somos, como categoria social humana, um complexo multicolorido de ideologias e crenças, seja em forma de partidos políticos, de cultos religiosos, agremiações filosóficas ou estilos de vida que consideramos atraentes e afins com a nossa maneira de ver o mundo, de agir, de pensar e de sentir as coisas. Nesses agrupamentos procuramos respostas, conforto espiritual, aceitação, respeito, reconhecimento, todas as soluções possíveis para resolver os nossos conflitos interiores, nossas carências internas e externas, reparos de danos e traumas, enfim, a busca da felicidade, de um Norte, de uma plenitude, da auto-realização. É por esse motivo, inclusive, que constituímos famílias - não importando qual o modelo - e mantemos viva a imagem do “ninho” ou da “tribo” como símbolos da nossa identidade pessoal e social. Nossos ninhos e tribos continuam sendo o nosso principal endereço existencial, a referência na qual mantemos o pé de apoio para dar todos os passos importantes e decisivos nas experiências vivenciais. Até mesmo as organizações criminosas ou os agrupamentos de hábitos considerados fúteis, quando ameaçados em seus interesses, reagem com suas ideologias, doutrinas, dogmas, tradições, raízes, ídolos, eventos históricos, como armas para justificar e legitimar suas necessidades e suas próprias existências. Vejamos, por exemplo, os recentes acontecimentos de 11 de setembro , onde o terror teve a religião como principal fonte de motivação ideológica. “Mas é uma religião primitiva e atrasada!”, diriam os ateus ou então aqueles outros que julgam que sua religião é superior às demais. Como se o problema fosse a religião em si, quando na verdade é o comportamento sectário embutido historicamente nas religiões e confrarias que alimentam esses flagelos de mentalidade. A intenção dos atentados terrorista foi de ordem política, mas os agentes executores o fizeram por uma causa religiosa, ou seja , a crença de que seriam recompensados num outro mundo por terem agido com renúncia e coragem. Isso é histórico: é só lembrar as monarquias teocráticas de todos os tempos, os tribunais da Inquisição, as cruzadas, o calvinismo europeu, os regimes totalitários nos anos 30 e durante a Guerra Fria.

O grau de intolerância demonstrado por aqueles que hoje se suicidam pela sua crença certamente não é o mesmo daqueles que discriminam, perseguem e expulsam seus companheiros de ideologia, quando estes começam a destoar dos seus pontos de vista, mas as causas são idênticas: a incapacidade de compreender e conviver com a diversidade e de aceitar o princípio igualdade humana como lei universal. Nas situações de conflito, quando o egoísmo e o orgulho predominam como fonte de poder, a igualdade e a humildade passam a ser vistos como valores banais, de pessoas fracas e poucos inteligentes. Quando se trata de conflitos de crença e ideologia, esse fator humano de arrogância e prepotência assume proporções mais violentas, mesmo quando disfarçadas pela polidez institucional, pelas aparências jurídicas, pela hipocrisia das relações artificiais. Temos visto isso acontecer em todas o setores sociais, mas nas agremiações religiosas elas acontecem com mais freqüência e são mais camufladas com um forte teor de hipocrisia. Nesses ambientes de orações, meditações, vibrações, peregrinações, curas, oferendas, cantorias e celebrações, a camuflagem torna-se mais sutil e mais eficiente no jogo de aparências. Aí a mente é capaz de realizar verdadeiros prodígios de dissimulação: sorrir e odiar; orar com a voz mansa e emotiva e, ao mesmo tempo, conspirar criminosamente para eliminar o adversário. Pode parecer chocante, mas é a mesma ginástica ideológica que faz o matador de aluguel rezar de joelhos para pedir perdão antes de cometer o ato insano.

Essa perversão da fé e da religiosidade só tem uma explicação: orgulho e egoísmo. Ninguém consegue abrir mão de posições e posturas, de pontos de vista ou de opiniões quando estão sob o efeito das aparências, da imagem artificial que possuem das coisas e de si mesmos. É uma doença existencial com fortes elementos de ordem emocional, como uma ferida infectada, cuja característica marcante é o hábito sistemático de fugir da realidade e de mentir para si próprio. Quando fingimos ou dissimulamos idéias e sentimentos, com a intenção de ocupar espaço ideológico ingressamos imediatamente num jogo perigoso, de difícil sustentação. Daí ser muito comum e constante o uso de expedientes ardilosos, geralmente incompatíveis com a ética religiosa ou filosófica dos grupos que freqüentamos.

Não é coincidência também que a desilusão pessoal e a decepção com as contradições humanas são a maior causa da deserção dos adeptos desses grupos. Desertamos na medida que caem os mitos, as aparências, as imagens distorcidas: mitos que nós mesmos criamos, aparências que deixamos nos iludir, imagens que construímos com distorções, segundo os nossos próprios interesses inconscientes e limites psicológicos. Quando isso acontece, quase sempre colocamos a culpa nos outros, nos líderes, nas doutrinas, nos acontecimentos, sem jamais avaliar que o nosso ponto de vista é que sempre foi o verdadeiro responsável pela condução dos nossos sentimentos e atitudes. Recentemente tivemos a oportunidade de ouvir as queixas de um militante bem desiludido com os espíritas, com os centros espíritas e com o Espiritismo. Bastante abatido com a derrota em uma disputa na qual, segundo ele, entrou de corpo e alma, em nenhum momento reconheceu o fato de ter se deixado iludir, mas atacou com muita propriedade todas as imperfeições das pessoas e das instituições envolvidas na sua triste história. Nos lembramos dos textos de “Obras Póstumas” e da “Revista Espírita”, mas não tivemos coragem de recomendá-los naquele momento de mágoas e decepções. Um pouco desolados com essa história de poder e glória em uma instituição espírita, fomos nós mesmos nos consolar nas memórias de Kardec, repletas de experiências sobre os problemas da convivência humana. Ali podemos observar como é possível empreender esforços para superar tendências históricas, hábitos culturais e inclinações pessoais que perpetuam o fanatismo e a intolerância. A experiência de Kardec prova que é possível ir além das definições, romper preconceitos seculares e avançar cada vez mais no terreno da liberdade de consciência. Definições não são apenas artifícios de linguagem, mas ferramentas precisas para identificar coisas, circunstâncias e paradigmas predominantes.

Mas é preciso ir além, quebrar paradigmas, ousar, como fizeram os demolidores de preconceitos em todas as épocas. Eram, é claro, pessoas de moral acima do normal e de comportamento diferenciado da média, mas todos tinham algo em comum: eram seres humanos e jamais se deixaram escravizar por idéias e crenças. Muito pelo contrário, atacaram suas próprias culturas nos pontos que consideravam frágeis e ilusórios. Budha atacou o desejo e a sensualidade que contaminava a espiritualidade em seu tempo; Jesus posicionou-se estratégica e heroicamente contra a intolerância, o fanatismo e o comércio das coisas sagradas; Lao-tsé e Confúcio empreenderam suas inteligências contra a corrupção e o comodismo; Comênius e Pestalozzi viram na infância um terreno fértil para plantar as sementes da transformação do tempo futuro e não somente no cultivo das tradições do passado. Allan Kardec demoliu o materialismo e o sobrenatural, reconstruiu a fé e resgatou a religiosidade sem se deixar contaminar pela ingenuidade mística ou se impressionar com os “mistérios” ditos “ocultos”. Martim Luther King, seguindo os passos de Gandhi, desmontou a farsa que encobria em seu país o mito da liberdade e os direitos civis.

Seria de uma grande utilidade se nós, os espíritas, pudéssemos refletir sobre esse assunto e transpormos suas conclusões para os ambientes que freqüentamos e a ideologia que cultivamos como fonte de realização. Podemos avançar as definições e romper paradigmas. Como o Espiritismo não é religião - nesse sentido histórico sectário –, muito menos futebol, podemos discutir tranqüilamente essas delicadas questões ideológicas:
  • Como temos cultivado o conceito de verdade no Espiritismo?
  • Como temos lidado com o pensamento divergente?
  • Temos agido dentro da ética espírita quando atuamos politicamente em suas instituições?
  • Afinal, nossa fé tem conseguido encarar a razão face a face?

*Dalmo Duque dos Santos é mestre em Comunicação, bacharel em História e Pedagogia.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

30.ª SEMANA ESPIRITA DE BARREIRAS - BA

ESPIRITISMO – O CONSOLADOR PROMETIDO POR JESUS
De 22 a 28 de setembro de 2008
Entrada Gratuita

PALESTRAS:

22/09 - Segunda-feira 19h40 Abertura
QUE É DEUS? - Eliseu Florentino (SP)

23/09 - Terça-feira 19h45
A DIMENSÃO ÉTICA DO ESPIRITISMO - Ricardo Ferreira (VC)

24/09 - Quarta-feira 19h45
O CONHECIMENTO DE SI MESMO E A RENOVAÇÃO DE ATITUDES - Astrid Saydgh (SP)

25/09 - Quinta-feira 19h45
A VERDADEIRA FELICIDADE E OS NOVOS PARADIGMAS - Juselma Maria (MG)

26/09 – sexta-feira 19h45
REENCARNAÇÃO: VENCENDO OS MEDOS DA CONTINUIDADE DA VIDA
Lindomar Coutinho (BA)

27/09 – Sábado 19h45
FAMILIA: DESAFIOS E SOLUÇÕES - Marcel Mariano (BA)

28/09 – Domingo 19h45
O CONSOLADOR PROMETIDO - Alkindar de Oliveira(SP)

domingo, 31 de agosto de 2008

1º SIMESPE - Simpósio de Estudos e Práticas Espíritas em Pernambuco

PENSAMENTO ESPÍRITA SOBRE O NASCER, VIVER, MORRER, RENACER E EVOLUIR SEMPRE (Reflexões filosóficas, científicas, religiosas, práticas e de senso comum do nosso tempo, sobre imortalidade, mediunidade, reencarnação e espiritualidade).

Realizado e organizado pelo Grupo Espírita Seara de Deus, em 10 e 11 de junho de 2006.
Local: Teatro Guararapes - Centro de Convenções de Pernambuco.




Carlos Baccelli - A Morte Não É O Fim, Provas e Evidências



Clóvis Nunes - Os Espíritos Se Comunicam, Provas e Evidência



Severino Celestino - Vidas Sucessivas, Provas e Evidências



Fábio Barros - Progressão de Vidas Futuras

terça-feira, 29 de julho de 2008

Entrevista com Divaldo Franco

TAMBORES DE ANGOLA - Robson Pinheiro & Angelo Inácio

Av. Paulista, hora do rush. Com a cabeça a rodopiar, Erasmino sente lhe faltar o chão ao sair do trabalho. Aconselhado por "amigos", avança sobre bebidas e mulheres. Insônia e tonteira instaladas, passa a ouvir vozes e grunhidos. É mais um caso de obsessão. Em busca da cura, visita uma tenda de umbanda, onde o medo e o preconceito o paralisam. Contudo ao entender que umbanda é a lei de caridade, aprende a respeitar pretos-velhos e caboclos. Conheça a origem histórica e as diferenças entre umbanda e espiritismo, vistas com profundo respeito.


Para o download clique aqui.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

SOMENTE HOJE!!!

Mensagem proferida por Francisco Cândido Xavier
"Somente Hoje"


segunda-feira, 7 de abril de 2008

O Amor na Dinâmica da Vida

Entrevista com o Palestrante Espírita Reynaldo Leite realizada no programa Momento Espírita de Brasília-DF.


Reynaldo Leite, Advogado na área do Direito de Família, atuou na psicografia e dedicando-se ao serviço dessa divulgação doutrinária proferindo conferências, integrando simpósios, congressos, ministrando cursos, submetendo-se a fórum de debates e concedendo entrevistas, por todo o território nacional e internacional (EUA, Suécia, Noruega, Portugal, Espanha, França e Inglaterra). Realizou, tudo isso, diga-se sem quaisquer remunerações ou vantagens materiais, mas tão pelo prazer de servir ao Cristianismo à Luz do Espiritismo, ainda tão pouco conhecido ou vivido, e como recomenda o Evangelho de Jesus. Reynaldo já recebeu mediunicamente 8 livros psicografados em Língua Portuguesa e 1 vertido para o idioma Inglês.



O Amor na Dinâmica da Vida



O Amor na Dinâmica da Vida II

terça-feira, 1 de abril de 2008

Glândula Pineal e Mediunidade

Palestra proferida pelo Médico Sérgio Felipe de Oliveira no Congresso Médico-Espírita (MEDNESP) com o tema Glândula Pineal e Mediunidade.


Sérgio Felipe de Oliveira é psiquiatra , mestre em Ciências pela USP (Universidade de São Paulo) e destacado pesquisador na área da Psicobiofísica. A sua pesquisa reúne conceitos de Psicologia, de Física e de Biologia. Desenvolve estudos sobre a glândula pineal, estabelecendo relações com atividades psíquicas. Realiza um trabalho junto à AMESP e possui a clínica Pineal Mind, onde faz seus atendimentos e aplica suas pesquisas. Segundo o mesmo, a pineal forma os cristais de apatita que, em indivíduos adultos, facilita a captura do campo magnético que chega e repele outros cristais. Esses cristais são apontados através de exames de tomografia em pacientes com facilidade no fenômeno da incorporação. Já em outros pacientes, em que os exames não apontam tais cristais, foi observado que o desdobramento fora facilmente apontado.



Glândula Pineal I



Glândula Pineal II



Glândula Pineal III

quinta-feira, 13 de março de 2008

CONSCIÊNCIA ESPÍRITA

Palestra proferida pelo Expositor Espírita Richard Simonetti em Bauru-SP com o tema: Consciência Espirita.


Richard Simonetti é de Bauru, Estado de São Paulo. Nasceu em 10 de outubro de 1935. Participa do movimento espírita desde 1957, quando integrou-se no Centro Espírita "Amor e Caridade", que desenvolve largo trabalho no campo doutrinário de assistência e promoção social. Articulou o movimento inicial de instalação dos Clubes do Livro Espírita, que prestam relevantes serviços de divulgação em dezenas de cidades. É colaborador assíduo de jornais e revistas espíritas, notadamente "O Reformador", "O Clarim" e "Folha Espírita". Funcionário aposentado do Banco do Brasil, vem percorrendo todos os Estados brasileiros e alguns países em palestras de divulgação da Doutrina Espírita. Para saber mais sobre Simonetti, clique aqui.





Parte I




Parte II




Parte III

terça-feira, 11 de março de 2008

MEDIUNIDADE

Todos somos médiuns

A palavra médium foi utilizada, pela primeira vez, por Allan Kardec para designar a pessoa que serve de intermediário na comunicação dos espíritos. Mas, de certa forma, todos nós somos médiuns, porque estamos sujeitos às influencias de espíritos e, de um modo ou de outro, ainda que sem percebermos, podemos pensar, falar e até mesmo agir sob essas influencias. Podemos inclusive captar pensamentos ou apresentar sintomas que anunciam suas presenças. A intuição, por exemplo, é um tipo de mediunidade e se manifesta em qualquer pessoa.

Mediunato

No entanto, alguns poucos indivíduos possuem certas predisposições naturais que os colocam em contato mais duradouro com o mundo dos espíritos. Apresentam sintomas tão evidentes e permanentes de mediunidade que, segundo Allan Kardec, eles tem uma tarefa especifica como médiuns que precisa ser explorada. A esta tarefa damos o nome de MEDIUNATO e a esses indivíduos chamamos de MÉDIUNS propriamente dito. A mediunidade manifesta-se por variadas formas, levando os médiuns a interpretar os espíritos através da fala (PSICOFONIA), da escrita (PSICOGRAFIA), da audição (AUDIÊNCIA), da visão (VIDÊNCIA), da pintura (PSICOPICTORIOGRAFIA), da intuição, da cura, etc.

Mediunidade e Espiritismo

Ao contrário do que muitos pensam, a mediunidade não é propriedade do Espiritismo e, muito menos, foi por ele inventada. Trata-se de uma predisposição natural do ser humano, que existe desde que o homem surgiu na Terra e manifestou-se em todas as épocas, em todos os lugares e em todas as religiões, como ainda hoje acontece. Na bíblia, como em outros livros religiosos, encontramos fatos mediúnicos. Os espíritos estão por toda parte e não somente no centro espírita. Onde quer que estejam podem manifestar-se de maneiras mais ou menos ostensiva e até de forma que ninguém perceba.
Foi o Espiritismo que deu à mediunidade um tratamento especial, que a estudou de fato, que descobriu-lhe os mecanismos, concluindo tratar-se de valioso recurso para o progresso da humanidade. A própria Doutrina Espírita foi trazida através de médiuns pelos espíritos e essa revelação nos conduziu a alguns pontos básicos e fundamentais para o conhecimento e a utilização da própria mediunidade.
Antes do Espiritismo, a mediunidade era objeto de simples curiosidade e passatempo ou, então, era vista como bruxaria ou arte do demônio. A ignorância e o preconceito contribuíram sempre para isso. Mas a Doutrina Espírita deu-lhe tratamento próprio entendendo que, somente assentada sobre base moral sólida, a mediunidade poderia se constituir em instrumento do bem-estar e do progresso moral da sociedade.
Hoje, podemos ver muitas formas de utilização da mediunidade que não estão de acordo com o princípio morais do espiritismo. Dizemos, então, que se trata de mediunismo e não de Espiritismo.

Mediunidade e Educação

Apesar de a Doutrina Espírita recomendar certos cuidados na prática mediúnica, nem todos os grupos espíritas os observam. Muitos entendem, erroneamente que, para o individuo ser bom médium basta exercitar sua faculdade de forma a facilitar a comunicação dos espíritos. A pessoa chega ao centro, reclama de seus sintomas estranhos e logo é classificado como médium. Em seguida, é convidado a participar das sessões, sem qualquer conhecimento, sem nenhum preparo para o exercício da tarefa. Ela nem mesmo fica sabendo a que perigo está exposta e o mal que pode causar.
O espiritismo não aprova tal procedimento. Para que a pessoa possa colocar sua mediunidade a serviço do bem, ou seja, para exercer bem o seu mediunato, é preciso primeiramente que seja iniciada nos conhecimentos básicos do Espiritismo, que se inteire de seus princípios morais e que, acima de tudo, se proponha a trabalhar por uma causa elevada, humanitária, começando pela prática do bem. Emmanuel, espírito orientador de Chico Xavier, afirma que evangelizar-se é a primeira necessidade do médium. Somente assim ele se coloca ao alcance dos bons espíritos e pode livra-se do domínio dos mal intencionados. Portanto a educação espírita do médium é indispensável.
Desenvolver a mediunidade não é simplesmente empregar técnicas que facilitem as comunicações. É bem mais que isso. Porque ninguém educa a mediunidade se não educar-se a si mesmo, se não melhorar o seu comportamento, tanto dentro como fora do centro espírita, e principalmente fora. Se o médium quiser o atendimento dos bons espíritos, terá que fazer por merecê-lo, através de uma conduta que possa, de fato, atraí-los. Do contrário, não o terá.
Essa educação, baseada na visão espírita dos ensinamentos de Jesus, pode ser auxiliada por um grupo de pessoas idôneas que conheçam o Espiritismo, e onde o médium aprenda a conhecer e a dominar a sua mediunidade, testando seus recursos e procurando conhecê-los cada vez mais, pelas observações e criticas de seus companheiros interessados em ajudá-lo. Um médium que não aceita criticas, que se melindram quando alguém faz qualquer observação à sua mediunidade, não está pronto para o mediunato, e terá muito que aprender ainda, antes de pensar em trabalhar nesse campo.

Mediunidade e Comércio

Por causa da natureza da mediunidade e do envolvimento dos desencarnados, o Espiritismo não recomenda que a atividade mediúnica seja exercida profissionalmente. Pelo contrário, sua utilização deve ser única e exclusivamente para fins humanitários, quando o médium terá oportunidade de doar-se em serviços de caridade, conforme a recomendação de Jesus, “daí de graça o que de graça recebeste”. Não se recomenda, por conseguinte, que o médium receba honorários ou qualquer outro pagamento material, mesmo em forma de presentes, a fim de que não seja estimulado a exercer a mediunidade em troca de favores.

Mediunidade e Obsessão

No espiritismo, damos o nome de obsessão à ação perniciosa de espíritos sobre seres humanos. Qualquer pessoa pode ser obsediada, porque todos estamos sujeitos às influências dos espíritos. Assim, não é só o médium que pode ser obsediado. Não podemos dizer, também, que a mediunidade é que provoca a obsessão.esta tem como causa nossos desvios de comportamento e somente pela mudança de comportamento podemos combatê-la de verdade.
Muita gente, por desconhecimento do assunto, tomam por médium todos os obsediados e teimam em “desenvolver suas mediunidades”, o que constitui grave erro. Mesmo entre os obsediados muito poucos são médiuns. Por isso, quando a pessoa perturbada chega ao centro, apresentando sintomas de mediunidade (visões, audições, sensações estranhas e desagradáveis e outros tipos de percepções) devemos primeiramente ampará-la com espírito cristão, envolvendo também sua família, no tratamento, através do esclarecimento do passe e da prece. Seria imprudente encaminhá-la nesse momento para a sessão mediúnica. Devemos tentar integrá-la num grupo de prece e serviço e, ao lado da assistência espiritual, recomendar-lhe tratamento médico para garantir-lhe o equilíbrio orgânico, que pode estar comprometido a esta altura. E mais observá-la cuidadosamente, ouvir e ponderar com os espíritos orientadores dos trabalhos a seu respeito, verificando se os sintomas apresentados na obsessão perduram ou não. A maioria dos obsediados só esporadicamente apresentam esses sintomas, o que significa que não tem mediunidade para serviço. Logo que se vêem livres da obsessão esses sintomas desaparecem. Contudo, inadvertidamente, muitos se vêem constrangidos a “desenvolver a mediunidade” e, por não serem portadores da faculdade adequada para o mediunato, acabam caindo no animismo e na mistificação.
Damos o nome de animismo à manifestação de conteúdos mentais do próprio médium, quando em estado de transe, porém, sem a participação de espíritos, ainda que o médium não tenha consciência do que ocorra. Mistificação é a manifestação fraudulenta em que o médium finge estar recebendo mensagem do espírito. Resta considerar que nem todas as pessoas, mesmo apresentando sintomas mediúnicos, estão aptas para o exercício do mediunato. Poucos dirigentes de sessões se dão conta disso. Em “O LIVRO DOS MÉDIUNS” de Allan Kardec, no capitulo referente aos “Inconvenientes e Perigos da Mediunidade”, encontramos uma questão dizendo que “há pessoas às quais é necessário evitar toda causa de excitação” e a essas pessoas o exercício da mediunidade não é recomendável. Nesse grupo estão as pessoas excessivamente nervosas e impressionáveis.

Mediunidade e Estudo

Não se pode entender que um médium desenvolva sua mediunidade sem conhecimento: primeiro da, da Doutrina Espírita e, depois, da própria mediunidade. É conhecendo os recursos de que dispõe e a forma como os espíritos atuam sobre ele (e ele sobre os espíritos), que o médium, aos poucos, pode ir adquirindo um domínio crescente sobre sua mediunidade e melhorando a qualidade de seu serviço. Esse conhecimento deve ser adquirido pelo estudo permanente, ao lado da prática, em centro bem orientado, num grupo de pessoas sérias e responsáveis.
Há uma extensa bibliografia para o estudo da mediunidade. Citemos algumas obras: “O Livro dos Médiuns” e “O Livro dos Espíritos” de Allan Kardec; “Nos Domínios da Mediunidade” e “Mecanismos da Mediunidade” de André Luis/ Francisco Candido Xavier; “Mediunidade” de Herculano Pires; “Seara dos Médiuns” de Emmanuel / Francisco Candido Xavier.

Função da Mediunidade

É sempre bom lembrar que a mediunidade pode ser bem ou mal empregada, como qualquer instrumento que é colocado nas mãos do homem. Por isso, o Espiritismo pretende que o médium espírita esteja bem formado moralmente para dar à mediunidade o seu verdadeiro papel na sociedade. Bom médium não é aquele que apenas recebe os espíritos com facilidade ou que só produz fenômenos extraordinários que encantam os sentidos, mas aquele que está consciente de sua responsabilidade perante a coletividade humana e o mundo dos espíritos, aquele que se esforça para servir sempre, não apenas no campo mediúnico, mas em qualquer outro setor de sua atividade, mesmo o profissional. Quem é capaz de se sensibilizar ante a necessidade do próximo, seja essa necessidade de natureza material ou espiritual, quem está pronto a dar de si em favor do outro, este, podemos assegurar, está verdadeiramente apto a trabalhar pelas grandes causas da humanidade.

Finalizando

A par destas informações, você passa a ter uma idéia geral de como o Espiritismo vê e trata a mediunidade. Mas esta simples leitura não lhe dá o conhecimento suficiente para um domínio sobre o assunto. Apenas o encaminha para o estudo. Se você deseja, realmente, conhecê-lo melhor e dirimir suas dúvidas, deve seguir as orientações aqui contidas e começar a estudar pelas obras citadas.


Elaborado por:
Centro Espírita “Caminho de Damasco”
Garça – São Paulo

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

MOMENTO PARA REFLETIR - A CARIDADE

Hoje daremos inicio a série MOMENTO PARA REFLETIR, que tem por objetivo levar temas do cotidiano para uma reflexão sob a luz do espiritismo. E para iniciar esta série, o expositor espirita Rogério Garcia (G.E. Maria de Nazaré) fala sobre a caridade. E para comentar o video e dar sugestões mande e-mail para diarioespirita@yahoo.com.br. Muita Paz.


Rogério Garcia fala sobre a caridade.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

A INCRÍVEL JORNADA

A CAMINHO DA LUZ - EMMANUEL/CHICO XAVIER

Quem busca compreender nosso mundo, para onde caminha a Humanidade, vai encontrar neste livro a resposta.Dos eventos, fatos, situações e personagens que, através do tempo, balizaram a nossa marcha, o autor destacou os mais relevantes e os apresenta em notável trabalho de síntese histórica. São analisadas as missões de Espíritos como Crisna, Buda, Abraão, Moisés, Fo-Hi, Confúcio, Lão Tsé, Sólon, Sócrates, Platão, Maomet, os Profetas de Israel, os Apóstolos, Paulo de Tarso, Francisco de Assis, Lutero, Allan Kardec.
Diz o autor espiritual, em trechos da Introdução:"Diante dos nossos olhos de espírito passam os fantasmas das civilizações mortas... passam as raças e as gerações, as línguas e os povos, os países e as fronteiras, as ciências e as religiões... só Jesus não passou, na caminhada dolorosa das raças... Ele é a Luz do Princípio e nas suas mãos misericordiosas repousam os destinos do mundo".
Clique aqui para fazer o download do livro.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

O médico, o político e o espírita.

Bezerra de Menezes é o símbolo do verdadeiro seguidor do espiritismo. Destacam-lhe a índole caridosa, sensata e perseverante diante de toda sorte de dificuldades, vencendo os desafios com as armas do amor ao próximo. Essas características, somadas à sua militância na divulgação e na reestruturação do espiritismo no país, fizeram com que fosse considerado o Kardec Brasileiro, numa homenagem devida à relevância que teve para o movimento espírita brasileiro.

"O médico verdadeiro não tem o direito de acabar a refeição, de escolher a hora, de inquirir se é longe ou perto. O que não atende por estar com visitas, por ter trabalhado muito e achar-se fatigado, ou por ser alta noite, mau o caminho ou tempo, ficar longe, ou no morro; o que sobretudo pede um carro a quem não tem como pagar a receita, ou diz a quem chora à porta que procure outro – esse não é médico, é negociante de negociante de medicina, que trabalha para recolher capital e juros os gastos da formatura. Esse é um desgraçado, que manda, para outro, o anjo da caridade que lhe veio fazer uma visita e lhe trazia a única espórtula que podia saciar a sede de riqueza doseu espírito, a única que jamais se perderá nos vaivens da vida".
Bezerra de Menezes



Trailer do filme "Bezerra de Menezes, o médico dos pobres"

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Lições de Preto-velho



Autor: José Queid Tufaile



Cenário: reunião mediúnica num Centro Espírita. A reunião na sua fase teórica desenrola-se sob a explanação do Evangelho Segundo o Espiritismo. Os membros da seleta assistência ouvem a lição atentamente. Sobre a mesa, a água a ser fluidificada e o Evangelho aberto na lição nona do capítulo dez: "O Argueiro e a trave no olho".


Dr. Anestor, o dirigente dos trabalhos, tecia as últimas considerações a respeito da lição daquela noite. O ambiente estava impregnado das fortes impressões deixadas pelas palavras do Mestre:


"Por que vês tu o argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu?". Findos os esclarecimentos, apagaram-se as luzes principais, para que se desse abertura à comunicação dos Espíritos.


Um dos presentes fez a prece e deu-se início às manifestações mediúnicas. Pequenas mensagens, de consolo e de apoio, foram dadas aos presentes. Quando se abriu o espaço destinado à comunicação das entidades não habituais e para os Espíritos necessitados, ocorreu o inesperado: a médium Letícia, moça de educação esmerada, traços delicados, de quase trinta anos de idade, dez dos quais dedicados à educação da mediunidade, sentiu profundo arrepio percorrendo-lhe o corpo. Nunca, nas suas experiências de intercâmbio, tinha sentido coisa parecida. Tomada por uma sacudidela incontrolável, suspirou profundamente e, de forma instantânea, foi "dominada" por um Espírito. Letícia nunca tinha visto tal coisa: estava consciente, mas seus pensamentos mantinham-se sob o controle da entidade, que tinha completo domínio da sua psiquê.
O dirigente, como sempre fez nos seus vinte e tantos anos de prática espírita, deu-lhe as boas vindas, em nome de Jesus:


- Seja bem vindo, irmão, nesta Casa de Caridade, disse-lhe
Dr. Anestor.


O Espírito respondeu:
"Zi-boa noite, zi-fio. Suncê me dá licença pra eu me aproximá de seus trabaios, fio?".


- Claro, meu companheiro, nosso Centro Espírita está aberto a todos os que desejam progredir, respondeu o diretor dos trabalhos.


Os presentes perceberam que a entidade comunicante era um preto-velho, Espírito que habitualmente comunica-se em terreiros de Umbanda. A entidade comunicante continuou:


"Vós mecê não tem aí uma cachaçinha pra eu bebê, Zi-Fio ?".


- Não, não temos, disse-lhe Dr. Anestor. Você precisa se libertar destes costumes que traz de terreiros, o de beber bebidas alcoólicas. O Espírito precisa evoluir, continuou o dirigente.


"Vós mecê não tem aí um pito? Tô com vontade de pitá um cigarrinho, Zi-fio".


- Ora, irmão, você deve deixar o hábito adquirido nas sessões de Umbanda, se queres progredir. Que benefícios traria isso a você?


O preto-velho respondeu:


"Zi-preto véio gostou muito de suas falas, mas suncê e mais alguns dos que aqui estão, não faz uso do cigarro lá fora, Zi-fio? Suncê mesmo, não toma suas bebidinhas nos fins de sumana? Vós mecê pode me explicá a diferença que tem o seu Espírito que bebe whisky, no fim de sumana, do meu Espírito que quer beber aqui? Ou explicá prá mim, a diferença do cigarrinho que suncê queima na rua, daquele que eu quero pitá aqui dentro?".


O dirigente não pôde explicar, mas ainda tentou arriscar:


- Ora, meu irmão, nós estamos num templo espírita e é preciso respeitar o trabalho de Jesus.


O Espírito do preto-velho retrucou, agora já não mais falando como caipira:


"Caro dirigente, na Escola Espiritual da qual faço parte, temos aprendido que o verdadeiro templo não se constitui nas quatro paredes a que chamais Centro Espírita. Para nós, estudiosos da alma, o verdadeiro templo é o templo do Espírito, e é ele que não deve ser profanado com o uso do álcool e fumo, como vem sendo feito pelos senhores. O exemplo que tens dado à sociedade, perante estranhos e mesmo seus familiares, não tem sido dos melhores. O hábito, mesmo social, de beber e fumar deve ser combatido por todos os que trabalham na Terra em nome do Cristo. A lição do próprio comportamento é que é fundamental na vida de quem quer ensinar".


Houve profundo silêncio diante de argumentos tão seguros. Pouco depois, o Espírito continuou:


"Desculpem a visita que fiz hoje e o tempo que tomei do seu trabalho. Vou-me embora para o lugar de onde vim, mas antes queria deixar a vocês um conselho: que tomassem cuidado com suas obras, pois, como diria Nosso Senhor, tem gente "coando mosquito e engolindo camelo".


Cuidado, irmãos, muito cuidado. Deixo a todos um pouco da paz que vem de Deus, com meus sinceros votos de progresso a todos que militam nesta respeitável Seara".


Deu uma sacudida na médium, como nas manifestações de Umbanda, e afastou-se para o mundo invisível. O dirigente ainda quis perguntar-lhe o porquê de falar "daquela forma". Não houve resposta. No ar ficou um profundo silêncio, uma fina sensação de paz e uma importante lição: lição para os confrades meditarem.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

BEM VINDOS AO O DIÁRIO ESPÍRITA


Os Espíritos do Senhor, que são as virtudes dos Céus, qual imenso exército que se movimenta ao receber as ordens do seu comando, espalham-se por toda a superfície da Terra e, semelhantes a estrelas cadentes, vêm iluminar os caminhos e abrir os olhos aos cegos.

Eu vos digo, em verdade, que são chegados os tempos em que todas as coisas hão de ser restabelecidas no seu verdadeiro sentido, para dissipar as trevas, confundir os orgulhosos e glorificar os justos.

As grandes vozes do Céu ressoam como sons de trombetas, e os cânticos dos anjos se lhes associam. Nós vos convidamos, a vós homens, para o divino concerto. Tomai da lira, fazei uníssonas vossas vozes, e que, num hino sagrado, elas se estendam e repercutam de um extremo a outro do Universo.

Homens, irmãos a quem amamos, aqui estamos junto de vós. Amai-vos, também, uns aos outros e dizei do fundo do coração, fazendo as vontades do Pai, que está no Céu: Senhor! Senhor!... e podereis entrar no reino dos Céus.
O Evangelho Segundo o Espiritismo